Esteatose Hepática
Esteatose hepática e a relação com a alimentação
Também conhecida como doença da gordura do fígado, a esteatose hepática acomete muitos brasileiros todos os anos. No entanto, o que talvez não se saiba é que existem dois tipos de esteatose e que alguns fatores de riscos estão relacionados à alimentação.
Confira, a seguir, o que é, suas causas, fatores de risco e como uma alimentação saudável pode evitar esse problema.
O que é esteatose hepática?
A esteatose hepática, ou fígado gorduroso, é uma doença em que ocorre o acúmulo de lipídeos nas células do fígado, os hepatócitos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, trata-se de uma doença que pode ser silenciosa e permanecer sem progressão por muitos anos. No entanto, quando não controlada, ela pode avançar para a esteato-hepatite, uma inflamação do fígado seguida para morte celular e cicatrização.
A esteatose hepática é dividida em dois principais grupos: a esteatose hepática de origem alcoólica e a esteatose hepática não alcoólica.
Esteatose hepática de origem alcoólica
Como o próprio nome já diz, esse tipo de esteatose está atrelada ao consumo de álcool. Isso porque o álcool, quando consumido em excesso, causa um desequilíbrio no fígado, que começa a armazenar mais gordura que o normal.
Apesar de estar atrelada a possíveis casos de alcoolismo e tenha toda sua complexidade, é um tipo de doença que demanda muita atenção uma vez que, quando não tratada, começa a destruir as células do fígado, levando à cirrose hepática e até mesmo ao câncer.
Esteatose hepática de origem não alcoólica (NASH)
Já a esteatose hepática de origem não alcoólica pode estar relacionada a fatores de risco que envolvem outras doenças, ou à ingestão de alimentos gordurosos de forma excessiva ao longo da vida.
Confira os fatores de risco mais comuns:
- sobrepeso e obesidade;
- má alimentação;
- diabetes;
- colesterol alto;
- hepatites virais;
Da mesma forma que a anterior, quando não tratada, a esteatose hepática causa sérios riscos à saúde. Isso acontece uma vez que, quando não tratadas, as esteatoses de forma geral levam à absorção de líquidos nas células e à coloração amarelada da pele e olhos.
E, assim como a anterior, causa a destruição das células, levando à cirrose ou câncer e podendo ter a necessidade de transplante.
Como prevenir a esteatose
Como vimos anteriormente, a esteatose hepática não alcoólica pode estar intimamente relacionada a doenças metabólicas e a hábitos alimentares. Seguem algumas dicas de como evitar a doença e melhorar a sua saúde:
- Consuma alimentos ricos em fibras
Aposte em alimentos ricos em fibras para diminuir a absorção de gorduras. Ex: alimentos integrais, aveia, linhaça, cevada, milho e leguminosas como feijão.
- Diminua o consumo de gorduras saturadas
Evite o consumo de carnes vermelhas e quando o fizer, prefira carnes magras, peixes e aves, sem gordura aparente ou peles. Em relação aos laticínios, prefira os produtos desnatados.
- Diminua o consumo de produtos industrializados
Eles são ricos em gorduras saturadas, gorduras trans, sal e açúcares, que contribuem para a absorção de gordura e doenças como diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia.
- Consuma alimentos ricos em colina e betaína
São nutrientes que auxiliam o fígado no transporte de gordura evitando sua deposição no órgão. Ex.: ovo, quinoa, salmão, espinafre.
- Não beba álcool em excesso
Dessa forma também vai evitar a esteatose hepática alcoólica.
- Consuma alimentos ricos em antioxidantes
Alimentos antioxidantes vão auxiliar no combate aos radicais livres e combater o envelhecimento e morte das células do órgão. Ex.: laranja, limão, morango, frutas vermelhas, verduras, azeite, etc.
Ainda, vale a pena ressaltar a importância dos exercícios físicos para a manutenção do peso corporal, além de realizar exames periódicos para monitorar os níveis de gordura sanguíneos.
Concluindo, lembre-se de que o acompanhamento médico e nutricional é essencial para garantir que seu fígado esteja saudável.