O aspartame e seu potencial cancerígeno: deve-se suspender o consumo?

O aspartame e seu potencial cancerígeno: deve-se suspender o consumo?

O aspartame é um adoçante artificial amplamente utilizado em todo o mundo. Sua doçura intensa, com poucas calorias, torna-o uma escolha popular para aqueles que buscam reduzir a ingestão de açúcar.
No entanto, nos últimos anos, manifestaram-se preocupações sobre o potencial cancerígeno do aspartame, levando o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a analisar cuidadosamente essa substância.
Neste texto, exploraremos o debate em torno do aspartame e seu suposto potencial cancerígeno. Continue a leitura.

 

O que é o aspartame?
O aspartame é um adoçante artificial amplamente utilizado na indústria de alimentos e bebidas como substituto do açúcar. Também é conhecido pelo nome comercial "Nutrasweet" e é encontrado em uma variedade de produtos, incluindo refrigerantes dietéticos, chicletes, sobremesas, produtos de panificação, adoçantes de mesa e uma série de alimentos processados.
É considerada uma substância notável por ser, significativamente, mais doce do que o açúcar comum (sacarose) e conter pouquíssimas calorias, tornando-o uma escolha popular para pessoas que desejam reduzir ingestão de açúcar ou calorias.
O aspartame é cerca de 200 vezes mais doce do que o açúcar, o que significa que apenas uma pequena quantidade é necessária para obter o mesmo nível de doçura. Isso o torna particularmente útil em produtos alimentares destinados a pessoas que desejam controlar seu peso ou que têm diabetes.


O debate sobre o potencial cancerígeno
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) emitiu um comunicado, no qual faz recomendações detalhadas ao consumo de adoçantes artificiais, incluindo o aspartame.       
Esse pronunciamento ocorreu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar o aspartame como tendo potencial carcinogênico para seres humanos.
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) foi responsável por chegar a essa conclusão em relação ao aspartame, e vale destacar que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) desempenha um papel ativo nos conselhos diretivos e consultivos dessa organização. O INCA, um órgão vinculado ao Ministério da Saúde do Brasil, esclarece que a análise da IARC resulta em uma classificação com base nos níveis de evidência científica de risco. Essa classificação é obtida após uma avaliação minuciosa e rigorosa da qualidade de estudos envolvendo seres humanos, animais de experimentação e dos mecanismos relacionados.
De acordo com a avaliação da IARC, as substâncias podem ser classificadas em quatro categorias: cancerígenas para humanos, possivelmente cancerígenas, potencialmente carcinogênicas ou, por fim, não cancerígenas. O aspartame foi categorizado na terceira categoria, o que sugere que as evidências disponíveis sobre a carcinogenicidade do adoçante são limitadas.

Consumo moderado e consulta médica

Embora a controvérsia sobre o potencial cancerígeno do aspartame tenha sido discutida, as avaliações do INCA e da OMS, até o momento, não encontraram evidências convincentes de que o aspartame é um agente causador de câncer em seres humanos.
No entanto, é sempre importante consumir qualquer substância com moderação e como parte de uma dieta equilibrada. Se você tiver preocupações específicas sobre o consumo de aspartame e sua saúde, é aconselhável consultar um profissional da Nutrição para obter orientações personalizadas. Lembre-se de que a moderação e o equilíbrio são fundamentais para uma alimentação saudável.

 

Quer saber mais sobre o tema? Confira mais dicas clicando aqui.
Para este e outros conteúdos, siga meu Instagram @cristinatrovonutricionista.


Cristina Trovó
Nutricionista


UTI das Ideias - Soluções Corporativas em Web e Design