Tipos de Açúcares e Adoçantes I

Tipos de Açúcares e  Adoçantes I

Xilitol, açúcar de coco, açúcar demerara, stévia, sucralose, açúcar cristal, etc. São tantos nomes e diferenças que fica fácil se perder, não é mesmo?! Qual é o mais indicado para você? Existem açúcares intrínsecos que são aqueles que já estão “dentro” dos alimentos, e os extrínsecos, aqueles que são adicionados a preparações.

 

Açúcares extrínsecos tradicionais:

 

Refinado: Derivado da cana de açúcar, ainda é o mais presente na mesa dos brasileiros. É o tipo de açúcar que mais passou pelo processo de industrialização, para atingir a coloração totalmente branca e o aspecto fino, o que significa que muitos aditivos químicos foram usados para a produção do mesmo. Um exemplo de aditivo adicionado no seu refinamento é o enxofre, que influencia diretamente na perda do valor nutricional desse açúcar, tornando-o o mais prejudicial, uma vez que seu refinamento retira seus sais minerais e vitaminas.

 

Cristal: Esse açúcar possui a forma de cristais maiores por não completar  o processo de refinamento. Porém, isso não o torna mais nutritivo, pois, apesar

de ser leve o processo de industrialização, ainda são perdidos praticamente todos os seus nutrientes, sobrando apenas 10% dos nutrientes originais. Por ser mais difícil de ser dissolvido na água, é mais usado para confecção de doces culinários.

 

Mascavo: É o açúcar que passou menos pelo processo de industrialização, portanto, é a forma que recebeu a menor quantidade de aditivos químicos, preservou sua cor mais escura, e seus nutrientes foram mais preservados.

 

Coco: Como o mascavo, o açúcar proveniente das folhas da palma de coco também não passa pelo processo de refinamento. O que faz esse açúcar ser especial é seu baixo índice glicêmico -  35 -  menor em comparação aos outros, o que proporciona uma absorção mais lenta pelo organismo.

 

Demerara: Também de cor marrom, o demerara possui um sabor mais adocicado que o açúcar mascavo e, assim, é o preferido por um grande número de pessoas. No entanto, seu preço costuma ser mais elevado em comparação aos outros. Passa por um processo leve de industrialização, mas sem aditivos químicos, o que permite a preservação de quase todos seus nutrientes.

 

Light: É considerado light o açúcar que possui uma quantidade reduzida de sacarose em sua composição em comparação ao açúcar refinado. No entanto, para compensar a falta da sacarose, são adicionados a ele adoçantes como ciclamato, sacarina e aspartame. Pode ser indicado para aqueles que não possuem uma boa aceitação pelo gosto residual dos adoçantes e precisam fazer a transição.

 

Orgânico: A denominação “orgânico” dada a esse açúcar é devido à produção do mesmo sem aditivos químicos desde o plantio e cultivo até o processo industrial. Com a filosofia de preservação, as etapas desse açúcar não incluem a fertilização artificial do solo ou outras medidas que tenham impacto ambiental e possam alterar o produto. Ainda que não chegue aos níveis nutricionais do açúcar mascavo, o grande diferencial está no sabor, pois se assemelha à palatibilidade do açúcar refinado.

 

Mel: O mais tradicional método de adoçar conhecido pode ter altos níveis glicêmicos de acordo com o tipo. O melhor é optar pelo mel de acácia que tem um índice glicêmico mais baixo.

 

Adoçantes naturais e artificiais:

 

Xilitol: Adoçante natural derivado de monossacarídeos provenientes de frutas e legumes, ele é diferenciado pelo seu baixo índice glicêmico. Quando o índice glicêmico do açúcar comum pode chegar a 70, o xilitol incrivelmente não chega à marca dos 7. O xilitol não é livre de calorias, mas apresenta 40% menos em comparação com o açúcar refinado. Todavia, a moderação nas quantidades ainda é aconselhada por ainda ter calorias em sua composição. O mesmo acontece no caso dos diabéticos, ainda que seu índice glicêmico seja baixo, há impactos na glicemia, sendo seu uso indicado com cautela.

 

Stévia: Esse adoçante natural de origem vegetal é derivado de uma planta da fronteira do Brasil com o Paraguai, chamada stevia. Por não possuir calorias, não é capaz de causar impactos sobre a glicemia, assim, é indicado para pessoas com diabetes. Além disso, alguns estudos mostram sua ação diurética, que auxilia na eliminação do inchaço e líquidos. No entanto, preste atenção nas marcas e no processo de industrialização desse adoçante, uma vez que aditivos são somados a sua composição, os mesmos podem ser capazes de trazer malefícios a saúde.

 

Sucralose: Diferente dos anteriores é um adoçante artificial, muito usado no Brasil, originado artificialmente da cana de açúcar por modificações químicas. Estudo recente realizado pela UNICAMP provocou um alerta nos consumidores da sucralose ao alegar que o adoçante tem ações cancerígenas em altas temperaturas com os alimentos. No entanto, quando consumido em preparações abaixo de 200 graus, o componente não parece oferecer riscos à saúde.

 

Com tantas opções, fica realmente fica difícil saber qual a melhor opção para para consumir. A indicação de adoçantes é apenas feita para aqueles que possuem dificuldade com o metabolismo do açúcar, como é o caso da diabetes. Caso contrário, opta-se sempre pela variedade menos industrializada do açúcar como o mascavo, o demerara ou o de coco por sua maior concentração de cálcio, cobre, magnésio, fósforo e potássio.

 

Lembrete: com as opções menos refinadas, por conterem um sabor mais amargo, as pessoas tendem a adicionar uma maior quantidade nas porções, elevando, assim,  o valor calórico e diminuindo assim seu propósito. Por isso, a moderação ainda é o melhor, mesmo em relação ao consumo dos mais indicados. O ideal é não consumir produtos com excesso de açúcares e adoçantes em sucos, chás e cafés, etc. Seu organismo agradece!

 

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