Leite: o humano adulto precisa tomar?

Leite: o humano adulto precisa tomar?

 

 

     Mito ou verdade? Muitas pessoas se perguntam se o leite de vaca é recomendado para o consumo humano. Confira, no artigo que segue, o porquê de nós sermos os únicos animais que continuam consumindo leite mesmo depois da vida adulta.

 

Leite e a sua função

     O leite de vaca, consumido por milhões de pessoas todos os dias, é muito famoso por conter grande quantidade de cálcio na sua composição, combatendo o aparecimento de doenças como a osteoporose, que envolve a fragilidade dos ossos favorecendo as fraturas.

 

     Além disso, o leite é essencial para o combate de doenças metabólicas e na prevenção da diabetes tipo 2, por exemplo. Assim, torna-se um grande aliado na manutenção da saúde.

 

O humano adulto precisa tomar?

     A resposta a essa pergunta é não. O humano adulto pode, sim, conseguir outras fontes de cálcio que vão para mais do leite. Podemos encontrar o cálcio, além dos derivados do leite, em vegetais como brócolis, couve, espinafre, gergelim e chia.

 

     No entanto, o leite é um alimento super versátil, acessível e desempenha um papel importantíssimo para se conseguir as quantidades de cálcio diárias.

 

     Para se ter uma base de comparação, 50g de brócolis equivalem a 250ml de leite desnatado em termos de quantidade de cálcio. No entanto, o maço de brócolis consiste em um alimento mais caro do que o um litro de leite.

 

Então por que tomamos leite?

     No leite há um tipo de açúcar chamado lactose. Inclusive, muitas pessoas possuem intolerância a esse tipo de açúcar, por não produzir uma enzima chamada lactase, responsável pela digestão desse açúcar, o que gera gases, distensão abdominal, diarreia e mal-estar.

 

     Então por que tomamos leite?

 

     Tomamos leite uma vez que houve a domesticação dos animais, em especial as vacas. Assim, o consumo de leite animal começou com agricultores e pastores, que domesticaram esse animal e passaram a se beneficiar do seu produto.

 

     Acredita-se que os primeiros adultos que começaram a consumir o leite de vaca tiveram diversos contratempos. Isso porque, quando crianças, produzimos a lactase para a digestão do açúcar presente no leite - a lactose - mas com o passar do tempo, a produção dessa enzima é interrompida, uma vez que haja o desmame da criança.

 

     Aconteceu que, com a evolução, a lactase continuou a ser produzida, mesmo com o desmame das crianças, permitindo assim que adultos continuassem a consumir leite de animais.

 

     No entanto, atualmente, ainda se identificam indivíduos que consumiam leite normalmente e, depois de um tempo, começou a desenvolver sintomas como gases, distensão abdominal e diarreia ao consumir o leite, a chamada intolerância à lactose.

 

     Nesses adultos a produção da enzima lactase foi interrompida, mesmo depois de adultos, tendo que substituir o leite por opções sem lactose, ou de vegetais como leite de soja e de amêndoas, muito utilizado por pessoas veganas e vegetarianas.

 

 

Mas, afinal, devemos tirar o leite da alimentação?

     Muitas pessoas me perguntam se deveríamos tirar ou não o leite da alimentação, afinal, não somos mais bebês.

 

     E a resposta é não! Não devemos tirar o leite da nossa alimentação. Com o passar dos anos, desenvolvemos uma capacidade evolutiva de produzir uma enzima que digere o açúcar do leite, para que nos beneficiemos dos seus nutrientes.

 

     Tirar o leite da alimentação com base na nossa idade não faz nenhum sentido do ponto de vista nutricional. Isso porque, como foi dito, o leite é um alimento acessível, prático e possui diversos derivados que nos auxiliam na obtenção de cálcio e outros minerais e proteínas superimportantes para o nosso corpo.

 

     Apenas é indicado retirar o leite da dieta, aquelas pessoas com intolerância à lactose comprovada. Ou seja, aquela que começou a sentir desconfortos gastrointestinais e procurou um profissional, constatando a intolerância.

 

     Assim, se você é uma pessoa que nunca sentiu desconforto ao tomar leite, não há com o que se preocupar. Aproveite seus benefícios e cuide da sua saúde.

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