Alimentos ultraprocessados: Riscos cientificamente comprovados para a saúde

Alimentos ultraprocessados: Riscos cientificamente comprovados para a saúde

Os alimentos ultraprocessados têm se tornado cada vez mais comuns na dieta moderna, mas estudos recentes revelam uma alarmante ligação entre o consumo desses produtos e sérios problemas de saúde. Evidências científicas indicam que a ingestão frequente de alimentos ultraprocessados está associada a um aumento significativo do risco de morte precoce e mais de 30 agravos à saúde humana.
Neste artigo, vamos explorar as conclusões dessas pesquisas e entender como esses alimentos podem impactar, negativamente, o nosso bem-estar.

O que são alimentos ultraprocessados?
Antes de mergulharmos nas evidências, é importante definir o que são alimentos ultraprocessados. Esses produtos são fabricados a partir de substâncias derivadas de alimentos, mas com pouco ou nenhum alimento inteiro presente em sua composição. Dentre os exemplos destacam-se refrigerantes, snacks, biscoitos, fast food, refeições congeladas e muitos produtos industrializados, que passam por várias etapas de processamento e recebem aditivos como conservantes, emulsificantes e flavorizantes.


Impactos na saúde

1. Obesidade e Síndrome metabólica: Estudos apontam que a alta ingestão de alimentos ultraprocessados está fortemente correlacionada ao aumento da obesidade e à síndrome metabólica. Essas condições são precursoras de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

2. Doenças cardiovasculares: Pesquisas demonstram que o consumo frequente de ultraprocessados pode aumentar o risco de doenças cardíacas. Os aditivos e altos níveis de sódio e gorduras trans. presentes nesses alimentos são fatores críticos que contribuem para a hipertensão e a aterosclerose.

3. Câncer: Há uma crescente evidência que liga o consumo de alimentos ultraprocessados ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, especialmente o colorretal. Substâncias cancerígenas podem ser formadas durante o processamento industrial como os compostos N-nitrosos e acrilamida.

4. Depressão e Ansiedade: Além dos impactos físicos, a dieta rica em ultraprocessados também pode afetar a saúde mental. Estudos sugerem uma associação entre o consumo desses alimentos e o aumento da incidência de depressão e ansiedade, possivelmente, devido a desequilíbrios nutricionais e à inflamação crônica.



Evidências Científicas
Diversos estudos reforçam a ligação entre alimentos ultraprocessados e a deterioração da saúde. Uma pesquisa publicada no British Medical Journal (BMJ) demonstrou que o consumo desses alimentos está associado a um risco aumentado de pelo menos 32 agravos à saúde humana, incluindo câncer, doenças cardíacas e pulmonares graves, questões de saúde mental e morte precoce.
Os resultados também demonstram evidências convincentes de que a ingestão de alimentos ultraprocessados está associada a um risco aumentado de cerca de 50% de morte relacionada a doenças cardiovasculares, transtornos mentais comuns, e um risco 12% maior de desenvolver diabetes tipo 2.
Evidências altamente sugestivas ainda indicam que o alto consumo de ultraprocessados está associado a um risco 20% maior de morte por qualquer causa: um risco aumentado de 40-60% de morte relacionada a doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2 e problemas de sono, além de um risco 20% maior de depressão.


Redução do consumo
Diante dessas comprovações, é fundamental adotar estratégias para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados.

1. Prefira alimentos integrais:
Opte por alimentos integrais e minimamente processados como frutas, verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios não adoçados. Esses alimentos fornecem nutrientes essenciais sem os aditivos e conservantes encontrados nos ultraprocessados.

2. Cozinhe em casa: Preparar suas próprias refeições permite maior controle sobre os ingredientes utilizados. Experimente receitas simples e saudáveis que utilizem alimentos frescos e naturais. Cozinhar em casa também pode ser uma atividade prazerosa e relaxante.

3. Leia rótulos com atenção: Ao fazer compras, leia atentamente os rótulos dos produtos. Evite alimentos com listas extensas de ingredientes, especialmente aqueles que contêm aditivos artificiais, conservantes, açúcares adicionados e gorduras trans.

4. Planeje suas refeições: Planejar as refeições da semana pode ajudar a evitar a tentação de optar por produtos ultraprocessados. Prepare uma lista de compras com ingredientes saudáveis e organize seu cardápio para incluir uma variedade de alimentos nutritivos.

5. Faça lanches saudáveis: Substitua os snacks ultraprocessados por opções mais saudáveis como frutas frescas, iogurte natural, nozes, sementes, palitos de vegetais com homus ou torradas integrais com abacate.

6. Experimente novos ingredientes: Incorporar novos ingredientes naturais em sua dieta pode tornar as refeições mais interessantes e variadas. Experimente diferentes tipos de grãos, legumes, especiarias e ervas frescas.

Concluímos, portanto, que a crescente quantidade de evidências científicas deixa claro que alimentos ultraprocessados representam um risco significativo à saúde humana. Para promover uma vida longa e saudável é crucial estar atento à composição dos alimentos e priorizar uma dieta rica em alimentos naturais e minimamente processados.
Ao fazer escolhas alimentares mais conscientes, podemos evitar muitos dos agravos à saúde associados a esses produtos e desfrutar de uma melhor qualidade de vida.

 

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Cristina Trovó
Nutricionista

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