Introdução alimentar: como fazer de maneira tranquila
Muitas mamães e papais de primeira viagem ainda não sabem, mas existe uma forma indicada para que se faça a introdução dos alimentos após o desmame. Confira, a seguir, quando se deve iniciar a introdução alimentar, como fazê-la e quais os cuidados que precisam ser tomados.
O que é introdução alimentar
A introdução alimentar, assim como o próprio nome diz, é o ato de ofertar alimentos além do leite materno ao bebê, no começo de sua vida, após ou durante o processo de amamentação. Esse é um processo que acontece, idealmente, de acordo com a idade da criança e pode ser crucial para seu comportamento alimentar no futuro.
Qual a importância da introdução alimentar de forma adequada?
Fazer da maneira correta é essencial para o desenvolvimento do bebê, porque é na introdução alimentar que ele começa a desenvolver suas primeiras preferências e hábitos alimentares.
Logo, se não o fizermos de maneira correta, a criança pode deixar de experimentar alimentos importantes para seu desenvolvimento e adquirir preferências por alimentos pouco saudáveis, podendo, ainda, desenvolver doenças como diabetes ou obesidade infantil.
Como fazer a introdução alimentar de maneira correta
O Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos de idade, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, norteou passo a passo a introdução alimentar, de forma segura e eficaz. Veja a seguir:
- Leite materno deve ser exclusivo até os 6 meses de vida. O leite materno deve ser a única e exclusiva fonte de alimento e hidratação do bebê até os 6 meses de idade, pois ele contém tudo de que a criança precisa. Logo, não devemos ofertar chás, água ou qualquer outro alimento durante essa fase.
- Iniciar a oferta de alimentos de forma complementar após 6 meses.
Nessa fase, o organismo do bebê começa a ter maturidade para aceitar novos alimentos. Assim, devem ser ofertados alimentos de forma gradual e complementar à amamentação. Lembrando que a amamentação deve durar até os 2 anos de idade, se possível.
- Dar alimentos complementares pelo menos 3 vezes após 6 meses de idade.
Se o bebê continuar recebendo o leite materno, deve-se oferecer pelo menos três refeições complementares. Se não estiver recebendo, cinco vezes ao dia. Comece a introduzir os alimentos do dia a dia com consistência adequada para o bebê, água e carnes vermelhas, mesmo que em pequenas quantidades.
- Dar alimentos em consistência de pastas e purês.
Os alimentos devem ser preparados de forma diferente para conseguir uma textura pastosa ou amassados para formar um purê.
- Variar os alimentos que são ofertados.
No começo, é comum que a criança rejeite um grande número de alimentos, mas eles devem ser trocados todos os dias e alternados. Frutas, vegetais cozidos, verduras cozidas, carnes, todos devem ser alternados a cada refeição. Isso é de extrema importância para que a criança comece a criar seus hábitos e preferências. Por isso, evite misturar os alimentos durante a refeição, separando-os em recipientes diferentes.
- Evitar consumo de guloseimas, açúcar, salgadinhos, balas, refrigerante, café e enlatados.
Nós temos a tendência natural para gostar do sabor doce, e isso não é diferente para os bebês. No entanto, o açúcar e todos os alimentos que o levam na composição devem ser evitados até os 2 anos de idade. Café e refrigerantes podem causar irritabilidade e desconfortos gástricos, sem contar a grande quantidade de aditivos químicos presentes no refrigerante.
- Respeitar preferências e horários. É muito importante que, durante o processo, os horários das refeições devam respeitar os horários em que o bebê tem fome. Ainda, apesar de ser essencial ofertar o alimento mais de uma vez, é natural respeitar as preferências alimentares que a criança vai formando durante o tempo, e ofertar outros alimentos do mesmo grupo alimentar.