Amamentação e Nutrição

Amamentação e Nutrição

A amamentação e seus tipos

     A amamentação é um dos atos mais naturais e nobres da alimentação humana. Além de uma relação de afeto e amor, o ato de nutrir um novo ser humano é algo a ser sempre encorajado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação pode ser classificada em cinco tipos:

1. Aleitamento materno exclusivo– Quando a criança recebe apenas o leite materno como fonte de nutrição, com a exceção de suplementos minerais ou medicamentos.
2. Aleitamento materno predominante – Quando a criança recebe água ou bebidas à base de água como chás, sucos etc.
3. Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno com ou sem receber outros alimentos.
4. Aleitamento materno complementado – Quando a criança recebe outros alimentos sólidos ou semissólidos.
5. Aleitamento materno misto ou parcial – Quando a criança recebe leite materno e outro tipo de leite.

Amamentação e composição

 O leite materno é, de longe, o único e melhor alimento durante os seis primeiros meses de vida de maneira exclusiva e, posteriormente, de forma complementar até os dois anos. Até o 6^o mês, é capaz de suprir sozinho as necessidades da criança, e isso se dá porque  contém todos os nutrientes essenciais para o desenvolvimento da criança.

 Tempo de amamentação

     Ainda segundo a OMS, a indicação é o aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade e o complementado até os 2 anos de idade. Lembrando que, no aleitamento exclusivo, não é ofertado qualquer outro alimento, nem mesmo água.

     Além disso, vale a pena ressaltar que a introdução de alimentos antes da recomendação pode levar a prejuízos à saúde do bebê. Devido a não maturação completa do sistema digestório, pode levar a episódios de diarreia, maior número de hospitalizações e dificuldade na absorção de nutrientes.

Importância da amamentação

• Evita mortes infantis - Devido aos fatores de proteção, o leite materno contribui para evitar as mortes neonatais. Segundo um estudo realizado em Pelotas (RS), estimou-se que crianças sem aleitamento materno tiveram 25 vezes mais chances de morte por diarreia e 3,3 vezes mais chance de morte por doença respiratória.
• Evita diarreia - É o melhor alimento para a criança enquanto seu sistema digestório ainda está imaturo. Lembrando que isso é aplicado quando a amamentação é exclusiva. Quando são adicionados água, chás ou sucos, a chance de diarreia aumenta consideravelmente.
• Evita infecção respiratória - O aleitamento materno também previne doenças respiratórias nos primeiros meses de vida. Ainda em Pelotas (RS), crianças sem aleitamento materno exclusivo tiveram uma chance 61 vezes maior de internação por pneumonia.
• Diminui o risco de alergias à proteína do leite de vaca, uma vez que exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca.
• Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes - Para crianças e para as mães.
• Reduz a chance de obesidade em até 22% na fase adulta.
• Proteção contra câncer de mama - Diminuição na incidência da doença em 4,3% a cada 12 meses de amamentação.
• Evita nova gravidez em até 98% até o 6^o mês, se a amamentação for exclusiva e a mãe ainda não tiver menstruado.

     Cheias dúvidas, mães de primeira viagem sempre perguntam sobre esse tema, que cada vez vem ganhando notoriedade na mídia. Caso queiram saber mais sobre o assunto, confira a cartilha do Ministério da Saúde sobre nutrição infantil e amamentação: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf

Cristina Trovó

Nutricionista