Uso de shakes
As dietas relacionadas à substituição das refeições cotidianas por uso de shakes rápidos estão na moda, e com ela caminha a esperança de uma vida prática em busca do corpo ideal.
As vantagens anunciadas são várias, como comodidade, sabor e a promessa do rápido emagrecimento e redução de medidas. No entanto, os shakes não são a solução para a fonte do problema, são apenas uma forma de evitar ou substituir a reeducação alimentar monitorada.
O que é reeducação alimentar?
Reeducação alimentar é o processo pelo qual passamos, geralmente com aconselhamento nutricional, em que nos livramos dos hábitos alimentares ruins e aprendemos a ter práticas saudáveis em nossa alimentação para alcançarmos um objetivo.
Dito isso, nós não somos seres condicionados a ter uma dieta estritamente líquida, seja anatomicamente ou culturalmente falando. Nossos órgãos do sistema digestório precisam de estímulos mecânicos para liberação de hormônios e a nossa cultura preza por interações sociais que estão agregadas ao ato de comer.
Nutricionalmente falando, as propriedades desse alimento não garantem o equilíbrio nem o aporte nutricional diário necessário para a manutenção do nosso organismo, sendo deficiente em diversas vitaminas como B1, vitamina C e D além dos minerais como ferro e zinco. A falta desses nutrientes pode levar a várias complicações nutricionais além de provocar fadiga, mal estar, falta de concentração e anemias carenciais.
Além disso, pode ser que ao final do uso prolongado desse produto, o organismo tenha um efeito rebote ou efeito sanfona, isto é, seu corpo que foi submetido à uma dieta nutricional pobre vai buscar armazenar toda energia encontrada nos alimentos, e assim recuperar todo o peso perdido.
O ideal é partir de uma reeducação alimentar adequada e com ela, se necessário, fazer o uso monitorado desse produto para que não haja danos à saúde ou efeitos adversos indesejáveis.
Procure sempre um nutricionista antes de iniciar qualquer processo alimentar que seja duvidoso.
Cristina Trovó