Papel dos pais na alimentação infantil
Papel dos pais na alimentação infantil
Alimentação infantil
Sempre abordamos aqui a importância da reeducação alimentar durante a vida adulta e no combate a dietas restritivas. Hoje, vamos falar de um tema parecido: a educação alimentar. Esse tema, diferente da reeducação, compreende o período, durante a nossa infância, em que moldamos nossa alimentação e nossos hábitos.
Educação alimentar na alimentação infantil
Período desenvolvido na primeira infância em que a criança acaba desenvolvendo suas experiências alimentares, preferências e hábitos. Nessa fase é muito importante que as crianças tenham contato com a maior parte dos alimentos possíveis, preparados das mais diversas formas e que, dentro das possibilidades, seja explicado a elas a importância de cada um para nossa saúde. Saber o porquê de consumir alimentos saudáveis em vez de processados, embutidos e industrializados é de extrema relevância para o entendimento da criança.
Papel dos Pais na alimentação infantil
O papel dos pais nessa fase é essencial para que haja uma educação alimentar saudável e construtiva, diminuindo, dessa forma, a necessidade de uma reeducação alimentar futuramente. Isso porque a criança é totalmente dependente dos seus pais, inclusive quando tange à alimentação. A seguir, algumas dicas para ajudar os pais nessa construção.
Dê o exemplo
Os filhos seguem o exemplo de seus pais desde cedo. Se alimentação dos pais não correspondem a uma dieta balanceada, com muitas frutas, diferentes legumes e verduras, seus filhos vão crescer achando que esses alimentos saudáveis são estranhos. Não adianta nada dizer que tais vegetais são bons para saúde quando os pais estão imersos em fast food ou comidas industrializadas. Criança nessa fase tende a copiar ações dos mais velhos. Se o exemplo não for dado, é muito mais fácil que, no futuro, venham a desenvolver problemas com doenças relacionadas à alimentação.
Crie um ambiente convidativo
Para uma boa educação alimentar, a criança deve desenvolver a consciência de que
está comendo e o que está comendo. Assim, evita-se que se coma em demasia. Crie um ambiente a mesa, em que a família possa compartilhar momentos juntos sobre seu dia a dia e dê preferência para falar sobre a comida. Sobre o que estão comendo e o porquê estão comendo. Lembrando: todos juntos.
Cozinhe com seu filho
Salvo a manipulação com objetos cortantes, é muito positivo que a criança esteja envolvida no processo de cocção dos alimentos. Além de conhecê-los em sua forma natural, o aspecto sensorial está em alta nessa fase, contribuindo pata o desenvolvimento pessoal dela.
Não aja pelo sistema de recompensa
Quem nunca ouviu um “Se comer tudo terá sobremesa”?! Pois é, esse é um comportamento que desencorajamos em todas as fases da criança. Inconscientemente, quando colocamos aqui a sobremesa como prêmio, associamos o doce ou o alimento em questão como algo bom, desejável. Já por outro lado, associamos a refeição em si como algo ruim, a ser superado para alcançar o prêmio.
Não restringir alimentos do convívio social
Por outro lado, também não é encorajado que a criança seja privada do seu convívio social ou proibida de consumir alimentos pouco saudáveis. Ela precisa estar imersa no seu ambiente, conhecer os alimentos e, o principal, precisa saber que ela pode sim consumir seu pirulito, mas que isso deve ser feito com moderação e os motivos que envolvem essa exigência.
Assim, quando se trata do papel dos pais na alimentação infantil, o principal é não associar à alimentação a dualidade “bom” “ruim”. Prezar pelo equilíbrio e dar o exemplo acima de tudo.
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Cristina Trovó
Nutricionista