Dieta do Mediterrâneo
A dieta do mediterrâneo é assim chamada porque é usual na alimentação dos habitantes dos países banhados pelo mar mediterrâneo. Diferente da alimentação da maioria das outras regiões do mundo, ela apresenta um baixo consumo de carne vermelha, produtos lácteos industrializados e doces ricos em gorduras e açúcar. É excelente, tanto para perda de peso, como para promoção da saúde, contribuindo para o controle da glicemia, colesterol e pressão.
Funciona bem porque é muito rica em nutrientes, mas para quem quer emagrecer com essa dieta o fundamental é o controle das quantidades. É predominantemente baseada no consumo de alimentos funcionais, ou seja, alimentos que beneficiam o corpo humano, sendo conhecida pelo alto consumo de frutas, hortaliças, cereais integrais, leguminosas, oleaginosas, peixes, e azeites.
A seguir, alguns alimentos que compõe essa dieta e seus benefícios.
Cereais Integrais – arroz integral, aveia, quinoa , amaranto , entre outros. Os cereais integrais possuem maior teor de vitaminas do complexo B, fibras, magnésio e cromo porque não passaram pelo processo de refinamento que provoca perda de muitos nutrientes. Os alimentos ricos em fibras possuem um índice glicêmico menor do que os que são pobres em fibras. Isso significa que esses alimentos levam mais tempo para serem digeridos no organismo, assim, prolongam a sensação de saciedade e regulam o açúcar e a gordura que chegam ao sangue. Uma alimentação rica em alimentos integrais e pobre em alimentos refinados - pobre em nutrientes - é definida como fundamental para eu se tenha uma vida mais saudável, além de auxiliar na prevenção de doenças crônicas.
Azeite de Oliva – extra virgem. O azeite é um dos principais alimentos da dieta mediterrânea, que tem sido associada a menores incidências de doença arterial coronariana e certos tipos de câncer. Auxilia também na redução de LDL (mau colesterol) do organismo, além de reduzir o risco de infarto ou AVC (derrame), uma vez que o consumo regular do óleo de oliva reduz a formação de placas de ateroma nas paredes dos vasos sanguíneos. Além disso, possui propriedades anticancerígenas, anti-inflamatórias e ação hipotensora (diminui a pressão arterial). Outro fator importante para a saúde é que o óleo de oliva previne oxidações biológicas por ser rico em polifenóis, substâncias que reduzem a formação de radicais livres. O excesso de radicais livres é muito nocivo à saúde, pois eles são responsáveis pelo envelhecimento e pelas doenças degenerativas, como o câncer, por exemplo. Para as mulheres preocupadas com a aparência, o produto apresenta uma vantagem a mais, pois é considerado um dos elementos que retardam o envelhecimento contribuindo, inclusive, com maior proteção à pele. Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente da formulação de cremes para pele. Os azeites de acidez inferior a 0,5% são mais puros e têm melhor qualidade.
Sal de ervas – estimula a diminuição do consumo de sódio e, consequentemente, favorece o controle da pressão arterial.
Oleaginosas – nozes, castanhas e amêndoas. São ricas em vitamina E, selênio e zinco, excelentes nutrientes de ação anti-inflamatória.
Peixes marinhos de águas frias – salmão, atum, anchovas, sardinha. Ricos em ômega 3, potente anti-inflamatório que contribui para manutenção dos níveis de colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares .
Frutas cítricas – laranja, limão e tangerina. Além de ricas em vitaminas, minerais e fibras, são também ricas em um antioxidante chamado naringerina. Pesquisas mostram que esse antioxidante previne o desenvolvimento de resistência à insulina e normaliza o metabolismo da glicose. .
A escolha desse tipo de alimentação faz parte de um estilo de vida saudável e é o mais indicado.
Cristina Trovó
Nutricionista
imagem: revista veja