Cirurgia Bariátrica

Cirurgia Bariátrica

 

Cirurgia bariátrica - Obesidade no Brasil

A falta de atividades físicas e os maus hábitos alimentares levaram ao aumento significativo da obesidade no Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE (POF), mais da metade dos homens brasileiros apresentam sobrepeso e cerca de 12,4% já estão obesos. Com as mulheres a situação é parecida, apresentando 48% de sobrepeso e 19,6% de obesidade.

 

Indicação

A cirurgia bariátrica, cada vez mais comuns entre os procedimentos cirúrgicos realizados no momento, é muito visada por pessoas que desejam perder uma grande quantidade de peso. Estima-se que foram realizadas cerca de 60 mil dessas cirurgias no Brasil só em 2010.

 

Técnicas

Além da obesidade grau III (IMC acima de 40), aquele estágio mais crítico da doença, também é comumente indicada para indivíduos com outras doenças metabólicas associadas como diabetes tipo 2, dislipidemia e hipertensão

As técnicas que são realizadas nessa cirurgia variam de caso a caso, tendo finalidades restritivas, disabsortivas ou mistas. A primeira e mais comum, visa reduzir o tamanho do estômago, diminuindo sua capacidade e promovendo saciedade precoce. Já as disabsortivas visam diminuir a capacidade de absorção dos alimentos pelo intestino. A técnica mista visa à redução dos dois órgãos em questão, tanto estômago como o intestino, sendo, pois, uma estratégia mista de diminuição de peso.

 

Cenário atual

Atualmente, é considerado alarmante o fato de grande parcela da população enxergar a cirurgia bariátrica como uma estratégia prática e rápida de perder peso em grande quantidade.

Nesse sentido, vale a pena lembrar que se trata de um procedimento invasivo e com vários riscos associados, sendo indicado apenas em último caso, como já citado anteriormente, quando o indivíduo apresenta uma obesidade persistente, com morbidade que ponha em risco a saúde, e quando todas as outras formas de tratamento nutricional já foram esgotadas.

 

Necessidades nutricionais

As estratégias nutricionais são desenvolvidas a fim de promover a diminuição do peso sem as medidas invasivas e promover a cura da obesidade. Uma vez que não se obtém sucesso, o médico responsável pode indicar o procedimento.

Uma vez realizada, os cuidados são redobrados, com associação das medidas envolvidas no pós-operatório e o começo da reeducação alimentar.

Começa-se pela transição da dieta entre as consistências e quantidades, começando com uma dieta líquida até chegar a uma consistência normal, aumentando gradativamente o volume, sempre se atentando a intercorrências como vômitos e quadros de diarreias. É comum nessa fase que o paciente apresente uma saciedade acentuada durante as refeições.

Com a estabilização, torna-se necessária a reeducação alimentar, uma vez que a nova dieta deverá conter um controle entre os macronutrientes, gorduras, proteínas e açúcares. Nesse estágio começam as dificuldades de adesão ao tratamento porque, mesmo submetido a cirurgia, o paciente deve se mostrar aberto às mudanças alimentares necessárias para dar continuidade ao tratamento. A não adesão ao plano alimentar pode levar ao gradual aumento na ingestão das refeições e uma nova expansão gástrica, podendo levar ao retorno do peso anterior à cirurgia.

 

Suplementação

Dependendo do tipo da cirurgia, principalmente nas do tipo disabsortivas, ocorre a necessidade de suplementação de micronutrientes como vitaminas e minerais que seriam absorvidos pelo intestino.

 

Conclusão

Assim, não podemos tratar a cirurgia bariátrica como uma alternativa milagrosa ou rápida de redução de peso, mas sim como auxílio quando há um risco aumentado à saúde. Também vale ressaltar a importância da disciplina com a alimentação após o procedimento, o que determina o sucesso do tratamento. Por isso, as estratégias

alimentares de redução de peso com o auxilio de um nutricionista especializado é normalmente a mais viável forma de diminuir os números da balança.

 

Cristina Trovó

Nutricionista

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