Azeite: como escolher?
Azeite
Você sabe escolher seu azeite? O favorito na hora de temperar saladas e finalizar pratos conceituados difere em processo de extração, acidez e composição, esse apresenta sob diferentes denominações: azeite de oliva refinado, azeite virgem e o azeite extravirgem. Acredita-se que até 10 kg de azeitonas são necessárias para a produção de um único litro de azeite.
Diferenças entre extravirgem e virgem
A acidez é um dos fatores mais importantes na composição do azeite. Isso acontece porque quanto menor a acidez, maior a concentração de gorduras benéficas (ricas em compostos bioativos) para o nosso corpo. Dentre eles, o que possui a menor acidez é o extravirgem, resultante da primeira prensagem das azeitonas (acidez deve ser menor que 0,8%). Nesse azeite o índice de peróxido deve ser menor que 20meq/kg.
Diferente do extravirgem, o azeite de oliva virgem é aquele que provém de processos mecânicos e físicos para a extração do óleo e sua acidez pode variar de 0,9 a 2 %. Por esses motivos, o extravirgem é o mais indicado para o consumo quando possível.
O azeite de oliva refinado é processado na presença de calor e, geralmente, com utilização de solventes orgânicos. Após a extração ele é misturado com o azeite virgem. Ele possui até 10 vezes menos compostos fenólicos quando comparado ao extravirgem, portanto, não confere os mesmos benefícios à saúde do indivíduo.
Benefícios do azeite extravirgem
Os benefícios do azeite são provenientes principalmente de sua composição de gorduras monoinsaturadas e a presença de vitamina E. As gorduras monoinsaturadas, também chamadas de gorduras boas, ajudam no controle do colesterol ruim e previnem o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Já a vitamina E, além de ser uma vitamina com poder antioxidante (previne o aparecimento de doenças como câncer e diabetes tipo 2) , junto com os chamados polifenóis vem mostrando que exerce um efeito protetor para células neuronais.
Dicas na hora de escolher:
- Escolha os com acidez menor que 0,8%.
- Prefira aqueles com a embalagem de vidro escura. A incidência da luz pode estar associada à perda de nutrientes (oxidação).
- Prefira os mais recentes. Com o tempo, os azeites podem oxidar e assim perder sua capacidade antioxidante. Olhe a data de fabricação, quanto mais velhos menos compostos fenólicos, de preferência aqueles com até 1 ano e meio de fabricação. A durabilidade do azeite é de 2 anos.
- Selos de qualidade são bem-vindos, mas não se engane com aparência.
- Varie de marca, as azeitonas variam com a marca, portanto os compostos fenólicos encontrados são diferentes.
- Evite os azeites refinados, ele favorece o aumento dos triglicérides, porque é deficiente em compostos fenólicos. Leia os rótulos.
- Observe os dados do produto porque a mesma marca traz azeites de graus de acidez diferentes e o preço aumenta conforme diminui o grau de acidez. Preços diferentes para qualidades diferentes!
Por fim, vimos que o mais indicado é o consumo do azeite de oliva tipo extravirgem. Sua quantidade indicada é de uma colher de sobremesa ao dia, preferencialmente em temperatura ambiente. Com essas dicas, você vai conseguir encontrar o melhor azeite na prateleira do supermercado!