Alimentação x Suplementação

Alimentação X Suplementação

  É do conhecimento de todos que o mercado de suplementos está ganhando cada vez mais espaço na área da Nutrição. Principalmente entre os praticantes de atividade física, é um mercado que chega a crescer 25% ao ano e ganha adeptos a cada nova loja dos seus produtos.

  O que muitos não sabem é que nem sempre é necessário o seu uso, inclusive, quando realizado sem acompanhamento, pode não trazer benefícios e até prejudicar a saúde.

Suplementação - O que são suplementos alimentares

     Por definição, segundo o Conselho Federal de Nutricionistas, suplementos alimentares, como o próprio nome diz, são alimentos/substâncias que visam complementar com calorias, minerais e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa, quando sua ingestão alimentar é insuficiente. 

Suplementos – Quando suplementar

     Antes de tudo, é importantíssimo saber se realmente a ingestão alimentar do nutriente a ser suplementado está sendo insuficiente. Como saber disso? Apenas com um nutricionista, ou quando evidenciado em algum exame laboratorial como níveis de vitaminas e minerais. Examinando sua dieta diária esse profissional conseguirá identificar se algum nutriente está realmente em falta no organismo antes de iniciar uma suplementação.

       Em caso de praticantes de atividade física que desejam começar a suplementação, o acompanhamento é imprescindível, uma vez que as quantidades devem ser calculadas de acordo com características pessoais, hábitos alimentares e tipo/frequência do treino.

Suplementos – Riscos da suplementação

      Apesar de a maioria dos suplementos não provocarem efeitos graves para o organismo, quando usados sem necessidade eles sobrecarregam, sim, o corpo. Um exemplo disso é a suplementação proteica em excesso, que acarreta sobrecarga dos rins e eliminação proteica na urina, podendo gerar grandes agravos renais a longo prazo. Ou seja, quando suplementado errado, todo dinheiro investido em suplementos proteicos se perde na urina.

 Outro exemplo é a suplementação de polivitamínicos. Muitas pessoas acabam usando polivitaminicos que contêm doses acima da recomendação de vitaminas. O que elas não sabem é que vitaminas em excesso também fazem mal à saúde. No caso da vitamina D, o excesso pode levar à calcificação dos tecidos moles como músculos; já na vitamina A, leva à má formação fetal. Além disso, na vitamina C, altera níveis do colesterol no sangue; enquanto na E, aumenta o risco de hemorragias para aqueles que usam coagulantes. 

Suplementação – Tipos de suplementos

    Hipercalóricos – são aqueles que visam complementar a quantidade de calorias diária. Exemplo: Maltodextrina.

    Proteicos - são aqueles que visam complementar a ingestão de proteínas diária. Exemplo: Whey Protein, BCAA, Glutamina.

    Vitamínicos e Minerais – visam sanar deficiência de vitaminas e minerais do corpo. Exemplo: Vitamina C, D, A, E, B6, B12, B1, B2, ácido fólico, ferro, cálcio, magnésio, fósforo.

    Hormonais – utilizados devido alguma doença endócrina primária. Exemplo: Hormônio tireoidiano.

Suplementação na gravidez.

    A suplementação na gravidez possui particularidades, uma vez que se torna difícil atingir as recomendações diárias de nutrientes durante o desenvolvimento do bebê.

Imprescindivelmente, é indicada a ingestão do ácido fólico para gestantes que, assim como o ômega 3, vai atuar no desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê e evitar a espinha bífida.

   Também é geralmente indicada a suplementação de ferro, cálcio e vitamina D, uma vez que esses nutrientes são difíceis de atingir a dose necessária por meio da alimentação durante a gravidez. O ferro, para evitar a anemia na gestação, e o cálcio e vitamina D, para a formação dos ossos e sistema imune.

   Como mensagem final da suplementação não se engane. Acompanhamento nutricional é a chave para quem quer um plano alimentar ideal com suplementação adequada, evitando desperdícios e malefícios ao organismo.

Cristina Trovó

Nutricionista