Adoçantes

Adoçantes

Sucralose: por que não colocar em líquido quente?

    Quando o assunto é adoçante temos muitas opções no mercado e muitas questões são geradas. A sucralose, por exemplo, é o adoçante mais utilizado no mundo e muito popular entre os pacientes diabéticos.

Sucralose

    Derivada do açúcar de mesa, a sucralose é um adoçante derivado do açúcar de mesa comum a partir de mudanças químicas em laboratório. Ela é caracterizada por um sabor mais doce, uma vez que são adicionados átomos de cloro em sua composição o que a impede de degradar durante a digestão, sendo, por isso, indicada para indivíduos com diabetes.

    A sucralose é aprovada pelos mais diversos órgãos de segurança do mundo como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA) e o Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos. Diversos estudos foram feitos com o adoçante que não demonstrou malefícios em temperatura ambiente. Porém, quando aquecida ou combinada a preparações quentes, devemos ter cuidado.

 

Por que não colocar sucralose no líquido quente?

    Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) mostrou que, quando aquecida a 98oC a sucralose fica instável e pode liberar substâncias tóxicas no nosso corpo. Cientistas aqueceram a sucralose durante dois minutos em banho maria e observaram a presença de substâncias tóxicas no gás liberado e no caramelo originado da preparação.

    A temperatura de 98oC é facilmente atingida durante a cocção e preparo dos alimentos. Por isso, não devemos colocar a sucralose em líquidos quentes ou mesmo em preparações que serão aquecidas.

 

Afinal, sucralose é segura?

    Sim, a sucralose é segura em temperatura ambiente e liberada pelos principais órgãos de segurança alimentar do mundo. Não há evidências científicas claras que a associa com cânceres em humanos. No entanto, não devemos aquecê-las pela formação das substâncias nocivas já citadas.

 Referências:

O artigo Thermal degradation of sucralose: a combination of analytical methods to determine stability and chlorinated byproducts (doi:10.1038/srep09598), de Diogo N. de Oliveira, Maico de Menezes e Rodrigo R. Catharino, pode ser lido em www.nature.com/articles/srep09598.

 Food and Agriculture Organization of the United Nations

 World Health Organization (FAO/WHO)

Cristina Trovó 

Nutricionista

UTI das Ideias - Soluções Corporativas em Web e Design