meu filho não come, e agora?

meu filho não come, e agora?

Apetite infantil: Meu filho não come, e agora?

 

Apetite infantil

     Apesar da grande prevalência de obesidade infantil, há muitos relatos de pais, nos consultórios, sobre a recusa alimentar de crianças. Ouço muito a expressão "Meu filho não come, o que eu faço?" Hoje vamos falar um pouco dos fatores envolvidos nesse comportamento e como atenuá-los.

 

Apetite infantil: recusa alimentar e causas

     Há diversos fatores que implicam na recusa alimentar, dentre eles destaca- se o hábito dos pais de, após a recusa do alimento, acabarem oferecendo outro de baixo valor nutritivo, a exemplo das guloseimas ou doces, etc. Dessa forma, a criança associa essas guloseimas a um prêmio pela recusa alimentar, só reforçando o hábito. A recompensa de persuasão geralmente é acompanhada por uma tentativa falha de compensar um comportamento alimentar positivo.

     É muito comum que crianças sofram de neofobia, ou a aversão ao que é novo - no caso o alimento -  sem nem sequer prová-lo. O grande problema é que, a partir de expressões faciais, gestos ou reclamações à oferta de alimentos, os pais se cansem ou interpretem como uma recusa fixa do tipo "Meu filho não gosta de determinado alimento".

     Também é importante mencionar que com o crescimento a velocidade do metabolismo se altera. Ou seja, pais e responsáveis se preocupam quando seus filhos diminuem a quantidade que estão comendo porque estão habituados com as quantidades anteriores.

 

Seletividade alimentar e anorexia

     É importante saber distinguir a seletividade recusa alimentar da anorexia. Na seletividade está incluída a recusa alimentar, falta de apetite e desinteresse. Já na anorexia entram fatores psicológicos como depressão, angústia e ansiedade.

     Assim, é importante frisar que, se seu filho se recusa a comer determinado alimento, não quer dizer que ele ou ela não coma. É um quadro de recusa alimentar ou seletividade. Por outro lado, se ele apresenta esses fatores de anorexia, o acompanhamento psicológico deve ser iniciado imediatamente.

 

Dicas para estimular a ingestão e apetite infantil

     As dicas que podemos dar:

  • Estabelecer horários para as refeições. Muitas crianças não comem porque não sentem fome nos horários ofertados;
  • Não punir a criança quando não come o quanto desejado;
  • Crianças não comem a mesma quantidade que nós, por isso, ponderar as quantidades e não se desesperar com o consumo em pequenas quantidades;
  • Ofertar pelo menos três vezes, em situações distintas, novos alimentos;
  • Não demonstrar frustração se a criança se nega a comer determinado alimento;
  • Realizar refeições sem distrações;
  • Acompanhar a criança durante a refeição;
  • Incluir a criança no preparo da refeição, explicando a importância de cada alimento;
  • Dar o exemplo. Se você não come brócolis, dificilmente seu filho estará aberto a consumir esse alimento;
  • Não oferecer recompensas após as refeições;
  • Respeitar os gostos e preferências;
  • Não se render à recusa alimentar oferecendo alimentos de baixo valor nutricional depois;
  • Criar um vínculo real com a criança na hora de se alimentar.

     As crianças, assim como os adultos, têm necessidades fisiológicas, preferências e vontades. Com seu filho não é diferente. Os pais, nesse momento são responsáveis pelos hábitos alimentares da criança, que irão refletir diretamente na saúde dela no futuro. Por isso, começando desde pequeno a educar, menos terá que ser corrigido.

Cristina Trovó
Nutricionista

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