Alimentos e Depressão

Alimentos e Depressão

A OMS estima que cerca de 121 milhões de pessoas já sofra dessa doença, caracterizada por uma sensação de perda ou tristeza profunda, constante e por um longo período. Apesar de ser um tema muito corriqueiro atualmente é, em primeiro lugar e acima de tudo. uma doença. Como todas as outras doenças, deve ser encarada com seriedade e tratada pelo médico de preferência, logo que apareçam os primeiro sintomas. 
Esses sintomas vão muito além da tristeza profunda, variando de indivíduo para indivíduo. Podemos citar a perda de peso, de interesse nas atividades cotidianas, falta de apetite, apatia, falta de energia, o pessimismo e a sensação de indiferença. 
A causa da doença ainda não é bem conhecida, apenas se sabe que mulheres são mais propensas a desenvolvê-la e que pode ou não haver fatores desencadeantes como falecimento de um ente querido, saída de um emprego, término de relações pessoais, ter alguma meta fracassada, entre outros. 
Do ponto de vista nutricional, alguns alimentos são precursores de neurotransmissores, substâncias que agem no cérebro, que influenciam no humor, na sensação de prazer, e, aasim, na depressão. 
Um deles é a serotonia, um neurotransmissor associado á sensação de felicidade, que também atua no apetite, controle de temperatura, sono, em náuseas e vômitos, na sexualidade e, é claro, muito importante no sistema de dor. 
Os sintomas de deficiência de serotonina são:
. Mau humor pela manhã;
. Sonolência durante o dia;
. Vontade de comer doces;
. Vontade de comer a toda hora;
. Dificuldade no aprendizado;
. Disturbios de memória;
. Irritabilidade;
. Cansaço.
Os alimentos que ajudam a síntese de serotonina são ricos em triptofano: leite e derivados (queijos), castanhas e sementes em geral, como: amendoim, castanha de caju, amendôas, carne de frango, ovos, pescada, abacate, banana, damasco, açaí, grão de bico e feijão preto. 
O deficit de serotonia e melatonina contribuem positivamente para evitar a depressão, portanto, precisamos consumir alimentos fontes de seus precursores, mas outros nutrientes também participam da reação para que ela seja eficiente. 
. Vitamina B9 ou ácido fólico, que atua na transmissão dos impulsos nervosos. Pode ser encontrada em levedo de cerveja, lecitina de soja, gérmen de trigo, vegetais folhosos verdes escuros e gema de ovo. 
. Vitamina B12: encontrada nos produtos de origem animal: carnes
. Vitamina B6: Cereais, oleaginosas e aveia
. Vitamina B3: Encontrada em carnes bovinas, de aves, peixes, ovos e leite. 
. Magnésio: encontrado em vegetais folhosos verdes escuros, cereais integrais e oleaginosas
. Carboidratos: Cereais integrais, leguminosas e tubérculos - dietas restritivas podem levar á depressão. 
. Fontes de Melatonina: Cereja, pimenta do reino, tomate, frutas silvestres, uva
. Ômega 3: é importante para produzir melatonina que, por sua vez participa do controle das emoções e do humor, e apesar de comumente ser usada em cápsulas , ela também está disponivel em peixes, crustáceos, linhaça e algas marinhas. 
Lembramos sempre que temos variações individuais que vão determinar o melhor cardápio para cada tipo de pessoa, por isso, é de extrema importância um acompanhamento nutricional, a fim de obter todos os nutrientes necessários para uma vida saudável. A reeducação alimentar deve ser conciliada com o tratamento médico da depressão. 
Para prevenir essa doença, por que não se exercitar mais, sorrir mais, mudar hábitos alimentares e ficar ao lado de quem amamos? Sua saúde mental agradece.

Cristina Trovó
Nutricionista

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